21.12.10


tinha medo . sempre tive . desde o início . mas esse medo parecia desaparecer , ou pelo menos diminuir significativamente , quando estávamos juntos . esse medo era absorvido por cada vez que me sussurravas um "amo - te" ou me puxavas para perto de ti e me abraçavas como se não houvesse amanhã , como se fôssemos só eu , tu e o mundo perfeito em que apenas eu e tu habitávamos .
mas aconteceu o que eu temia . correu tudo mal . a história não teve o esperado e banal "feliz para sempre". na verdade , nem sei bem o que causou esta reviravolta na nossa história e , no fundo , é isso que me dá a volta à cabeça . revolta-me ter tantas questões e tu não me dares uma resposta que seja , uma certeza . nada .
antes pensava que a solução seria esperar . foi isso que fiz mas pelos vistos estava enganada , pois já passou tempo mais que suficiente para seja o que for que eu estivesse à espera da tua parte . uma mensagem , um sinal de ti . mas mais uma vez , apenas recebi um grande NADA .
talvez deva desistir , não por sentir que tenha fracassado ou que não valhas a pena (porque vales , e muito) , mas sim por não suportar estar mais neste impasse , esta incerteza , este frustrante estado de ansiedade e ao mesmo tempo receio .
chega , não sou assim tão forte . não o suficiente para aguentar mais isto . desculpa se alguma vez te desiludi . desculpa desistir assim . desculpa não conseguir enfrentar-te . desculpa por tudo . não posso mais estar constantemente a matar-me por dentro , por mais que mereças e eu te queira ter de novo comigo. desculpa .

 amo - te .

8.12.10

"e percebi que os sorrisos servem para uma data de coisas, como por exemplo para tapar buracos que aparecem quando o mar das palavras se transforma em deserto."
e a cada segundo estás mais longe. sinto que te estou a perder sem poder fazer o que quer que seja para o impedir embora seja essa a minha maior vontade. como uma mão cheia de grãos de areia que vão escapando entre os dedos, sem cessar .. à excepção de um, a escassa esperança que ainda me resta e que durará até ao último instante. até ao momento em que me disseres com toda a sinceridade e certeza que tu já não me amas.
Quando falamos em amor, estamos a abordar um vasto e incerto tema que pode ter diferentes efeitos em cada pessoa . alguns referem-se a ele como uma doença cuja cura somente se encontra na pessoa amada ; uns como razão de viver ; outros simplesmente dizendo que não presta .
Na minha opinião , entre milhares de pensamentos dentro deste assunto e a cada milhão de suspiros dados pelo mesmo , acho que podemos dizer que amar é como respirar : não controlamos ; podemos contê-lo e tentar “escondê-lo” mas nunca durante muito tempo ; mesmo sem nos apercebermos , fazêmo-lo a toda a hora ; e , só termina definitivamente quando partimos desta vida.